Cientistas fazem descoberta que reforça a teoria de que o Santo Sudário é real

Cientistas italianos descobriram novas evidências que reforçam a teoria de que o Santo Sudário, um dos mais famosos artefatos religiosos, pode realmente ter sido o pano que envolveu o corpo de Jesus Cristo há cerca de 2 mil anos. A pesquisa utiliza tecnologia avançada para analisar o linho e desafia estudos anteriores que o datavam da Idade Média.
Uma nova pesquisa realizada por cientistas do Instituto de Cristalografia do Conselho Nacional de Pesquisa na Itália, trouxe à tona uma descoberta que pode mudar o entendimento sobre o Santo Sudário, também conhecido como Sudário de Turim. Esse pedaço de linho, que traz impressa a imagem de um homem barbudo, tem sido um mistério para crentes e céticos ao longo dos séculos.
O estudo recente utilizou tecnologia de raio-x especializada para examinar a composição do tecido, focando em aspectos rigorosos como a estrutura do linho e os padrões de celulose. O resultado sugere que o pano pode ter sido feito há cerca de 2 mil anos, combinando com o período em que Jesus Cristo viveu e foi crucificado. Essa descoberta instiga uma pesquisa anterior de 1988, que havia concluído com base na datação por carbono que o sudário teria sido produzido, entre os anos de 1260 e 1390, ou seja, na Idade Média.
Segundo Liberato De Caro, o autor principal do estudo, a datação por carbono usada na pesquisa anterior não era totalmente confiável devido à contaminação das amostras feitas por ele e por sua equipe. O que também foi comparado ao sudário com outros tecidos da mesma época, confirmando que o linho do sudário não corresponde aos linhos medievais examinados.

O Santo Sudário tem sido objeto de atração e debate por séculos, os crentes veem nele a prova física da crucificação e ressurreição de Jesus Cristo, enquanto céticos consideram uma fraude medieval. O novo estudo reacende o debate ao apresentar evidências que poderiam localizar o sudário no primeiro século, exatamente no período em que Jesus teria sido crucificado. A técnica utilizada pelos pesquisadores italianos para determinar a idade do linho, é baseada em métricas de envelhecimento específicas, como a temperatura e a umidade às quais o tecido foi exposto ao longo dos séculos, comparando essas métricas com linhos encontrados em Israel que datam no mesmo período. A equipe conseguiu situar a origem do sudário em uma época muito próxima à vida de Cristo.
Além das consequências religiosas, essa descoberta abre caminho para novas pesquisas sobre a autenticidade do Santo Sudário, guardado a sete chaves pela Igreja Católica em Turim, na Itália. O sudário continua a ser um dos artefatos mais misteriosos e estudados do mundo com essa nova descoberta, possivelmente favorecendo a crença de muitos em sua autenticidade.
Repórter: Bianca dos Santos
Editora: Maria Laura Ramos